Difícil, não é?

 

Conforme a constituição brasileira, todos devem ter assegurados seu direito de livre acesso e liberdade de locomoção.

 

O que estaria faltando para tornar a cidade estruturalmente acessível e adaptada para portadores de necessidades especiais: recursos ou respeito?

 

 

Inclusão e Exclusão Social – um pouco de teoria. O que autores tem a dizer sobre este tema?

Bader Sawaia, escreve que o processo de exclusão é complexo e contraditório, na medida em que constitui um processo histórico, recalcado em várias áreas da vida social. É importante analisar a exclusão social sob as dimenções da desiguldade, do sofrimento, da sua contrariedade.

A exclusão é produto do funcionamento do sistema, não uma falha, e por isso não deve ser combatido como algo pertubador da ordem social. A sociedade exclui para poder incluir, o que faz com que a inclusão tenha um caráter ilusório e perverso. Nesta mesma linha de pensamento, surge o sentimento de culpabilização, sentimento de culpa individual que impulsiona as mediações de inclusão.

Sawaia resume “… a exclusão é processo complexo e multifacetado, uma configuração de dimenções materias, políticas, relacionais e subjetivas. É processo sutil e dialético, pois só existe em relação a inclusão como parte constitutiva dela”.

Veja o que outros autores tem a dizer sore a exclusão social a partir de categorias da Psicologia Social.

Denise Jodelet, psicóloga francesa: traz em seus textos a inquetação dos motivos que fazem uma sociedade que se diz democrática aceitar a injustiça e práticas de descriminação.

Paugam, sociólogo frances: analisa a exclusão pela pobreza, compreendendo-a como multidimencional, dinamica e evolutiva, trazendo que o descrédito atormenta os exluidos tanto quanto a fome.

Pedrinho Guareschi: estuda a prevalencia da exclusão na atualidade com base nas razões históricas, dando ênfase a competitividade e culpabilizações.

Todos os autores citados trazem a importancia e a obirgação de sermos otimistas, porém é sempre importante lembrar que a exclusão é cruel e o futuro não se mostra promissor, já que ninguém hoje ousa prever que todos terão igual acesso a bens materiais, dignidade e saúde.

Trabalham, então, o conceito de otimismo por acreditar nas potencialidades dos sujeitos e lutas contra estas condições. Este mesmos autores ainda afirmam que a excluído não fica a margem da sociedade e sim suste a odem social, e para isto sofrem muito no processo de inclusão.

Deixamos a cada um o pensamento e reflexão sobre o assunto, sobre as possibilidades de utopia social, sobre as diversidades, sobre os perigos, etc.

A Escola Mirim Esporte Dá Samba – a participação democrática das crianças no Carnaval da Cidade

Esse sentimento de que foi feito o que deveria ser feito sempre, atinge grande parte da população, mas atos como esse são mais raros do que comuns em nossos dias, apesar de sabermos a importância do dito cujo. Por que essa carência de atos benéficos voluntários e de inclusão social diária de forma progressiva?

(http://www2.portoalegre.rs.gov.br/sme/default.php?p_secao=172)

Em uma iniciativa criativa e inédita, a SME lançou em 2005 a escola mirim Esporte Dá Samba, a maior instituição carnavalesca de Porto Alegre, com cerca 4 mil crianças. O programa tem como objetivo a participação de crianças e adolescentes no desfile oficial de Carnaval de Rua de Porto Alegre. A inclusão social numa perspectiva do esporte, do lazer e de recreação, atinge, por meio deste projeto, o mundo da fantasia e do lúdico, da esperança e da realidade.

Com os lemas “Sem ESPORTE não há salvação!” e “Sem brincadeira não existe Carnaval!”, a iniciativa busca desenvolver e manter uma Escola de Samba formada por integrantes de quase 70 comunidades envolvidas nos projetos sociais da SME. O Programa promove a inclusão social pelo esporte e pelo samba.

Este programa da SME não reúne as crianças apenas para os desfiles, mas desde o meio do ano tem as oficinas e, aos sábados, as crianças da Esporte Dá Samba, de forma itinerante, participam dos ensaios em uma quadra de Escola próxima das comunidades. No primeiro desfile, participaram 2.800 crianças. Em 2007 aumentou para 3 mil. No ano seguinte, 3.200 crianças alegraram a avenida. No ano passado, a quantidade aumentou para 3.800 e a estimativa para este ano é que chegue a 4 mil.

A Esporte Dá Samba sempre abre a segunda noite do Carnaval oficial da Capital e conta com parceria com a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), que garante o transporte da criançada até o Porto Seco. O desfile das crianças sempre empolga e emociona o público no Complexo Cultural do Porto Seco, contagiando a todos pela alegria indescritível das crianças, em sua maioria carentes, que de outra forma não teriam a mínima chance de sequer comparecer ao Sambódromo. A ginasta porto-alegrense Daiane dos Santos, primeira brasileira campeã mundial nessa modalidade, sempre desfila, como madrinha da Escola.

A reportagem mostra um programa que comprova o efeito positivo da inclusão social, podendo ela ser feita através do esporte. Crianças que não tem condições de participar de um desfile de carnaval conquistam sonhos e alegrias, trazendo reforços positivos à iniciação do programa e seus objetivos. Não há nada mais gratificante que poder vivenciar, comprovar, perceber um resultado bem sucedido de um ato caridoso e benéfico.

 

Mulheres x Mercado de Trabalho

 

Parace incrível e difícil de acreditar, mas muitas mulheres ainda sofrem discriminação no mercado de trabalho atualmente, apesar de as estatísticas mostrarem que, no Brasil, há mais muheres do que homens trabalhando e que elas também vem conseguindo emprego com mais facilidadee em ritmo mais acelerado.

Esta história toda começou das Guerras Mundiais, quando as mulheres assumiram posições que antes eram dos homens (já que estes estavam lutando). Com a evolução do sistema captalista, elas começaram a beneficiar-se com leis, mas por outro lado, eram exploradas com condições de trabalho desumanas.

Há uma maior desiguldade ainda no que se trata a mulheres no mercado da Tecnologia da Informação. Um estudo feito recentemente pela Info mostrou que, de todos os formandos dos cursos de Engenharia e Ciências da Computadção nos EUA e Canadá, apenas 12% são mulheres. Este número parace não diferir muito da realidade do Brasil.

E agora, qual a causa disto? Bom, podem ser várias: escolha do curso na faculdade, já que muitas meninas não sabem o que se faz em TI, ou a questão cultural, de que TI é curso de meninos, um pré conceito de que trabalhar com TI significa sentar-se na frente de um computador o dia todo, escrevendo códigos, constantes viajens, entre muitos outros motivos.

Acho válido quebrar este esteriótipo e entender que trabalhar em TI pode ser muito mais interessante do que você imagina.

E você, o que acha? Já pensou sobre o motivo pleo qual os meninos ainda dominam as salas de aula de TI ou como promover mais diversidade neste mercado? Sim? Então speak up, nos conte sua idéia!

Sistema de Cotas: inclusão racial ou exclusão social?

Esse tema, ainda muito recente e muito complexo de ser abordado, tem gerado várias discussões em nosso país. Afinal, considerar a cor da pele é um fator correto para o ingresso de um ser humano em universidades públicas? Seria uma inclusão de negros e pardos ou uma exclusão deles próprios dentro da sociedade? Por que ao dar privilégio à cor, ao mesmo tempo em que incluiria negros e pardos, estaria excluindo-os da sociedade e discriminado pela sua raça.

Veja como as leis do nosso país se contradizem:

Em 5 de Outubro de 1988, a Constituição Federal elegeu em seus artigo 3º, inciso 4º, promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e qualquer outra forma de discriminação.

Já no ano de 2001, entrou em vigor a lei 3.708, que assegura a negros e pardos 20% das vagas nas universidades brasileiras.

Lutamos por igualdade e acabamos nos tornando desiguais ao discriminar raça.

E vocês, o que acham sobre o sistema de cotas raciais em universidades??

Leia mais sobre a reportagem da revista Veja de Junho de 2007: http://veja.abril.com.br/060607/p_082.shtml

Exclusão social: um fenômeno natural?

Seria uma tendência inata dos seres humanos a de discriminar e criar preconceitos? Poderíamos descrever comportamentos discriminativos e preconceituosos como comportamentos irracionais ou culturais? Como se combater essa rejeição social que somos vitimas e vitimamos?

Para muitos, apenas medidas políticas de inclusão e conscientização social bastariam, mas como erradicar um problema que tem raízes tão profundas em qualquer sociedade? Por mais que um preconceito pareça ter sido superado, outro surge em seu lugar quase que instantaneamente.

Enquanto alguns olham pra frente e buscam medidas rápidas de solução, acabei tendo a escolha do retrocesso, buscando a gênese. Olhando para trás, vejo que as historias de exclusão se misturam com as historias da própria humanidade. Não importa a época, cultura ou local, lá estará alguém que será isolado, discriminado, que não se encaixará no modelo vigente. Olho pra trás e vejo velhos preconceitos ainda presentes, escancarado ou velados: vejo limpezas étnicas, intolerância religiosa, racismo, sistema de castas, chegando a questões primitivas da sociedade como a definição de papeis sociais masculinos e femininos…

Qual a origem do preconceito? Uma distorção do Darwinismo social, onde o mais apto/adaptado à sociedade levaria vantagem sobre os outros? Ampliando a visão, fenômenos de exclusão são comportamentos restritamente humanos?

Se pudéssemos acompanhar a conduta de animais irracionais em bando, veríamos que exclusão e subjugação entre os membros são constantes, principalmente em questões de seleção sexual (um exemplo seria a escolha do parceiro para o acasalamento, buscando sempre características morfológicas e comportamentais especificas, excluindo os que não se encaixam no “perfil”) ou o abandono de membros que estejam sem condições de contribuir para o desenvolvimento do grupo (membros mais fracos ou já idosos que se isolam/são isolados do grupo).

Não busco com essa explicação justificar a discriminação, mas sim mostrar uma visão onde o comportamento independe de cultura, sociedade, e, quem sabe, consciência individual. Mas em um texto que apresenta mais perguntas do que respostas, fica difícil de achar algum direcionamento.